Por Rodrigo Molina Lopes*
Bem próximo do maior e melhor evento esportivo da região, o JOJU - Jogos da Juventude do Sudoeste de Minas Gerais - me deparo com a realidade do basquete feminino na região.
Após várias tentativas de se montar a tabela para os jogos da modalidade - basquete feminino - percebo que algo de errado vem acontecendo.
Três tentativas foram feitas... e por fim o triste fato de que o basquete feminino de cada cidade representada no evento da Associação Espotiva dos Municípios do Sudoeste de Minas Gerais - ASSESMIG - jogarão somente três vezes. Isso porque quatro equipes disputarão o título do campeonato e elas jogarão entre si. Após a desistência da cidade de Passos na modalidade - que não mudaria o sistema de disputa, só aumentaria o número de jogos de três para quatro por equipe - tentaram uma forma de disputa que as meninas jogariam cinco partidas, forma essa que foi abortada pela organização, voltando para a disputa 'todas contra todas'.
Esse sistema já vem sendo usado pela organização em outras edições, isso porque o número de no mínimo sete equipes, para que aconteça o chaveamento, não está sendo alcançado.
Desde desavenças entre técnicos da mesma cidade, ótimas jogadoras que vão jogar pra cidade vizinha - desfalcando e desencorajando seu time -, técnicos que aceitam essas meninas (isso quando não existe o convite para que essa menina deixe sua cidade e vá representar outra), falta de incentivo das secretarias municipais de esporte e a aceitação da ASSESMIG para todos esses fatos e principalmente para o fato de que não há crescimento da modalidade na região, fazem com que o basquete feminino chegue a essa situação deplorável.
Cabe a mim torcer para que pelo menos o resultado desse próximo JOJU seja diferente... para que, pelo menos assim, tenhamos mudança em alguma coisa. Porque esse impasse parece estar longe de ser resolvido.
*O blog Basquete de Minas dá as boas vindas a Rodrigo Molina Lopes,que fará parte do time que escreve neste blog. Rodrigo é treinador das equipes de base da A.A. Caldense, em Poços de Caldas, ninguém melhor para falar de basquete do que quem vive o cotidiano da modalidade, seus desafios, conquistas, dúvidas, decepções.
